O Retorno
- Citação :
- Sinopse: Quando mais precisaram dele, Uchiha Hizumy, Sandaime Hokega desapareceu. Felizmente, com muita sorte, novos e velhos shinobis surgiram e travaram a calamidade que afrontava o Mundo. Agora, 30 anos depois do fim da Tragédia, Hizumy revive suas aventuras duma forma diferente.
A carroça sacudiu. A cabeça latejava e doía com uma frequência insuportável.
Ao abrir os olhos, Uchiha Hizumy deu uma piscadela e olhou ao redor – estava no chão de uma carroça, sobre um monte de palha suja e pisada. Encontrava-se vestido com um trapo velho e rasgado que somente cobria uma pequena parte do seu tronco e não com seu comummente utilizado manto preto-cinza. Suas costas estavam dormentes.
Percebeu que um silêncio ensurdecedor de soldados frios e prisioneiros estaria sob o comando do grupo, não fosse pelos cascos de cavalo que retumbavam fortes na estrada pavimentada. Estava perdido. Não sabia que lugar era aquele.
Pior ainda, não se lembrava do motivo para estar ali, muito menos porque fora feito prisioneiro: suas mãos estavam atadas com uma corda barata e velha, que com um único toque leve e suave de uma faca iria partir-se no meio. E, ao olhar para o lado negro do crepúsculo, piscou algumas vezes e pôs-se sentado. Ao seu lado estava sentado um homem forte e robusto, de fortes braços e expressão séria, que o olhou com certo desdém. Um verdadeiro prisioneiro?
Enquanto diversas ideias cruzavam perdidas em seus pensamentos, foi surpreendido pela voz grossa e firme:
- Finalmente está consciente de novo. Fiquei pensado se estava morto, mas eu ainda o via respirar como uma princesa adormecida. Estivera desmaiado desde quando foi pego entre a fronteira do país do Vento e o país do Rio.
Após escutá-lo, Hizumy concentrou-se e tentou se lembrar. O que diabo teria acontecido?
Com a cabeça lentamente esfriando e retomando a calma, enquanto a dor de cabeça cessava, um súbito retorno de informações compareceu milagrosamente a sua mente.
Recordava-se de atravessar a cidade da fronteira em direcção à vila oculta da chuva. Tinha como objectivo encontrar-se com um certo fulano, um artesão de fama num vilarejo sem importância e ajudá-lo em seu trabalho. Levaria uma vida calma e longe de conflitos. Embora tudo isso tenha, infelizmente, acabado num piscar de olhos. Um guarda "sunakaguriano" surgira diante de sua carroça e lhe acusara de desertar de uma batalha que ocorrera no Vale da Folha - Konohagakure.
Apesar de compreender seu estado, achava irónico o que lhe acontecera. Durante anos fugira de batalhas perigosas, enviando no seu lugar outros.
Despreocupando-se cada vez mais ao pensar nisso, enquanto aprofundava-se em suas memórias recém-descobertas, sabia que mesmo se saísse vivo não teria para onde ir. Era um ex-hokage, agora provavelmente o emprego já não lhe pertencia mais. Chegara também à conclusão que a fronteira do país do Vento e Rio certamente estaria sob o controle de ambas as nações, por conta de ter sido pego e levado numa distância de duas horas do local. Não haveria um meio seguro de encontrar o tal artesão.
Assim, tinha medo do que poderia acontecer dali para frente. Estava inseguro e não sabia sequer para onde estava indo. Apesar de tentar reorganizar seus pensamentos embaralhados e confusos sobre o rumo de sua vida e encontrar um modo de fugir, sabia que seria inútil. De um modo ou de outro, iria morrer, todos morrem.
Sem outra opção, decidiu em uma vã tentativa fazer o fulano ao seu lado unir-se aos seus pensamentos e convencer os guardas a soltá-lo.
- Este não é meu lugar. Já não sou um soldado – admitiu. – Eles precisam entender...
O homem deu de ombros, jogando a esperança de homem correnteza abaixo.
Continua....