[Treino] Ayame & Ryuuzaki

Atravessar Konoha fora bastante divertido para Ayame, uma vez que ela era claramente mais rápida que o irmão, e vê-lo tentar ultrapassá-la era divertido. Girou vezes sem conta no ar, enquanto saltava de edifício em edifício, na sua velocidade máxima. Tsume acompanhava-a lado a lado, o que poderia soar humilhante a Ryuu - ultrapassado por um cachorro -, mas Ayame sabia que Tsume queria estar sempre de igual com ela, logo era normal que o cachorro tivesse se acostumado a segui-la na mesma velocidade.

Acabaram por adentrar uma área de árvores, uma floresta, já conhecida por eles por causa de seus pais, que insistiam sempre que eles visitassem locais que, no passado, foram importantes. Ayame tinha quase a certeza de conhecer quase toda a história do passado, sem nem sequer ter lá estado, de tanto que sua mãe comenta sobre isso. É muito chato, mas também interessante, porque ela acaba por conseguir informações importantes. Chegando finalmente na clareira com um rio onde iriam efetuar o treino, Ayame aterrorizou no chão de grama, seguida de Tsum e, depois, de Ryuu. Elevou os braços acima e entrelaçou os dedos na nuca, olhando para o céu e inspirando o ar puro daquele lugar. Escutou a voz de Ryuu atrás de si e desviou o olhar negro para o irmão, vendo o olhar de sua mãe naquele garoto que ela dizia se assemelhar tanto a seu pai, e ela conseguia imaginar o seu pai quando era mais novo, nos seus dias de glória - que seriam, obviamente, ultrapassados por ela e por Ryuu. Sorriu-lhe, os cabelos mexeram-se com o vento e as folhas passaram ao lado num chocalhar que mais parecia um cumprimentar das árvores das proximidades.

- Quem sabe... - respondera-lhe, pondo uma face mais séria enquanto focava o céu novamente. As sobrancelhas moveram-se para baixo, ela lembrara-se do rosto da sua mãe momentos atrás e a curiosidade e dúvida vieram ao de cima. Porque é que ela aparentara estar tão preocupada e assustada? - Bem, vamos começar o treino?

Relaxando a face para que o seu irmão não percebesse o que a perturbava, ela abriu o pergaminho que tinha na mão e começou a ler a lista de jutsus que sua mãe lhe entregara. Praticamente todos os jutsus envolviam sincronia e ajuda de um parceiro canino - Tsume. Olhou de esguelha para o seu animal e mostrou-lhe a lista, explicando o que eles iriam fazer. O animal latiu para ela.

- Você acha também?! Verdade! Muito legal! - comentava com o animal, nada preocupada se Ryuu perceberia também o que ele dizia ou não.

Procurou o mais grosso tronco de árvore para se encostar. Tsume veio atrás dela, pequenino, sentando-se enquanto a observava a desenrolar o pergaminho e abri-lo. Ao fazê-lo, ela reparou que existia uma folha antiga no interior do pergaminho, solta, e por pouco não caiu no chão - os reflexos dela foram rápidos o suficiente para que ela conseguisse pegar a folha.

Quando seus olhos passaram pelo texto naquela folha velha, ela viu jutsus antigos, taijutsus simples, e outros do elemento Fuuton. Então a mãe dela deveria saber que ela possuía a natureza Fuuton - tal e qual ela. Ou apenas tinha sido uma casualidade conveniente, ou a mãe apenas tivesse esquecido aquela folha de jutsus e taijutsus ali.

- Bom, Tsume, começarei por estes. Quando terminar, iniciaremos os seus, e depois completaremos com os de transformação combinada que vejo por aqui. Tudo bem? - questionou ao animal, afastando o pergaminho e a folha da cara e encarando o seu cachorro.

Ele latiu, aquilo fora uma confirmação para ela. Volveu a enrolar o pergaminho junto com a folha e guardou-o dentro da sua bolsa Shinobi. Movimentou-se para a frente, descolando-se da árvore e virou-se, ficando de frente para a dita árvore. Iria começar com os taijutsus, eram simples, e não eram necessárias repetições para realizar aqueles golpes. Como dito na descrição complicada de família, o Dynamic Kick significava apenas executar um chute fortíssimo. Preparou a perna, ao erguê-la, dirigiu-a para a árvore e um barulho forte de colisão contra a madeira ouviu-se. Algumas partes da casca velha da árvore caíram sobre o chão com o golpe dela. Gouken, um soco forte, tudo o que ela fez sobre isso fora erguer o braço um pouco acima e dobrá-lo, e depois estendê-lo colidindo com a árvore num só ponto, com a energia concentrada.

Girou o corpo e desferiu um chute de baixo para cima que, se fosse uma pessoa ali e não uma árvore, o iria lançar ao ar e para trás. Ele voaria literalmente. Acabara com os Taijutsus, poderia agora passar para os Ninjutsus Elementais e, depois, faria as coisas com Tsume. A primeira técnica que iria treinar, seria a movimentação rápida ao vento. Como ela teria aprendido na academia como executar uma movimentação rápida - O Shunshin - executar algo parecido, mas envolver a sua natureza de chakra, era bastante simples, e falhas eram dispensáveis. Inspirou fundo, imaginou-se a usar o Shunshin e estimulou o corpo para fazer exatamente isso, só que - ao contrário do que efetuara na academia -, misturava a sua natureza elementar para que a movimentação se tornasse diferente. O vento soprou, ela sentiu-o a tocar-lhe a pele como se fizesse parte de si, e era assim que deveria de ser, ela - como utilizadora do raro elemento Fuuton dentre os membros de Konoha, tinha o dever de estar ligada a esse mesmo elemento.

No segundo seguinte, o corpo dela foi envolvido pelas lâminas cortantes que assobiavam, e o corpo desaparecera no ar, tomando forma ao pé de uma árvore mais em frente. Observou a confusão nos olhos do seu animal e riu-se. Não demorou para que ele lhe escutasse a voz e corresse até ela, enquanto latia, recuperando-se do susto de perder a sua dona. Retirou uma kunai da sua bolsa, e atirou-a pelo ar, espetando-a numa árvore por ali próxima. Juntou as mãos uma à outra, as palmas fizeram um ruído ao juntarem-se e uma expressão séria e concentrada notara-se nela e, compreendendo isso, Tsume ficara quieto e calado. Fechou os olhos, procurava tatear a arma com o seu chakra Fuuton, criando uma forma de fazer a arma levitar. À primeira tentativa, não fora nada fácil; fizera a arma movimentar-se na árvore, mas ela caíra quando o controlo baixou. Nos minutos seguintes, Ayame fez uma batalha de concentração mental e física para que fizesse a arma mover-se, e os vários gritos que soltara e a pressão mental - apesar de não contribuírem para a ajuda - fizeram parte das tentativas.

Quando a Kunai começara a levitar ao seu encontro, ela sabia que aquela técnica estaria completamente dominada. Agarrou a kunai com uma mão quando já se encontrava suficientemente perto, e ficou parada a refletir um pouco, a lembrar-se do que lera no pergaminho.

- Bom, agora é o Reppushou e, depois, o Toppa. Depois treinarei algumas habilidades do clã Inuzuka, e passaremos às habilidades de sincronização, Tsume. - contou ao seu parceiro, que latiu em resposta.

Ela sorriu-lhe, e volvera a pôr a sua cara de concentração, juntando - mais uma vez - as mãos. Fechou os olhos, invocou o vento, que tornava-se mais violento a cada segundo, fazendo os seus cabelos esvoaçarem, e as cabeleiras das árvores oscilarem com o seu poder. Tsume escondeu-se entre arbustos para evitar o frio. A pequena Uchiha-Inuzuka procurava transformar a ventania, utilizando o seu chakra, em lâminas cortantes, típicas de um ataque que envolvesse vento. A dificuldade nisso não era muita, o problema era manter o constante fluxo de chakra para fora do corpo e espalhá-lo de modo a comandar o vento e dar-lhe uma forma que permitisse cortar.

Imaginou-se em frente a alguém que odiava muito - não existia alguém assim atualmente, no entanto, poderia facilmente imaginar uma pessoa sem rosto. Imaginou que essa pessoa queria destruir tudo o que lhe era importante e... Criar as lâminas cortantes fora fácil a partir desse ponto. Uma árvore teve o seu tronco cortado e várias outras foram arrastadas violentamente para trás com o vento, causando algumas das raízes saírem um pouco do subsolo. Sem parar, ela ainda fez alguns selos de mão, preencheu os pulmões com ar e condensou o chakra juntamente com o ar, misturando a sua natureza Fuuton para que pudesse moldar esferas de ar ao expelir tudo o acumulado. Atirou a primeira esfera, mas estava fraca demais, desfez-se a meio do caminho contra uma árvore, e isso só provaria o desequilíbrio do chakra naquela esfera. Reunindo mais ar, fez inchar as bochechas e transformou-o com o seu chakra no interior do seu corpo. Expeliu-o uma vez mais, mais forte, e certificou-se de lhe dar uma forma estável enquanto mantinha o ar a girar sobre si mesmo, dando-lhe a potência necessária para o ataque, enquanto o mantinha com a mesma forma. Ao chocar contra a árvore, o tronco fora trespassado por completo.

- Pronto! Agora basta eu treinar duas técnicas do clã, e nós os dois começamos a treinar juntos! - Tsume pareceu ficar contente, enquanto se revelava atrás dos arbustos. - Agora, Inu no Shigan e Shikyaku. Espere um pouco Tsume, não devo demorar muito.

O cachorro sentou-se, obedecendo a ela, e ficou a admirá-la, enquanto ela erguia os braços ao ar e juntava os dedos num único selo de mão conhecido por estar na maioria das técnicas. Começou a canalizar o chakra para o seu nariz - não era uma coisa difícil -, pois, como descendente de uma Inuzuka, o olfato dela já era mais apurado do que para o resto dos humanos. Focou o seu chakra num único ponto do nariz e inspirou o ar. Começou a sentir o cheiro das folhas mais forte do que antes, e até conseguiu cheirar a carne de coelhos - provavelmente habitantes daquelas florestas. Sentiu o cheiro do seu irmão um pouco mais afastado dela, e sentiu o cheiro dos vários habitantes de Konoha, todos misturados, dando um odor estranho. O cheiro de seu pai, e de sua mãe estavam lá misturados também.

Abriu os olhos, os seus joelhos dobraram-se enquanto ela colocara as palmas das mãos no chão, o chakra rodeava o seu corpo e a sua pupila tornara-se constantemente mais fina. O chakra era concentrado maioritariamente na boca, no nariz e nas mãos e pés. Não demorou muito até ser palpável o crescimento dos caninos, das unhas das mãos e pés. Arreganhando os dentes, ela pareceria um verdadeiro animal, semelhante a um cachorro raivoso. Tsume, pensando se tratar de uma brincadeira, pôs-se numa posição desafiadora e rosnou-lhe e, ela, alinhando na brincadeira, dela um rosnar mais algo que o dele, que o assustou e o fez dar uma cambalhota para trás. Ela riu-se, enquanto voltava à forma bípede.

- Vamos Tsume, está na altura de treinarmos as técnicas sincronizadas. Primeiro, vamos fazer o Tsuuga. Oiça bem e nada de brincadeiras! - alertou, com um indicador no ar, dando-lhe um ar mais sério. O cachorro aproximou-se e fez uma cara mais séria, mas que era, no entanto, cómica. - Isso, assim está melhor! Tudo o que você tem que fazer, é utilizar o seu corpo para fazer um furacão. Compreende? Transforme todo o seu corpo num eixo rotativo e use de seu chakra para deixar o ataque mais mortal e não causar danos a si mesmo. Vamos lá, Tsume!

Pondo-se novamente sobre quatro membros, ficou ao lado de Tsume. Olharam um para o outro e acenaram com a cabeça quando estavam prontos. Imediatamente a seguir, soltaram chakra pelo corpo todo, girando-o rapidamente. Os tons azulados das roupas de Ayame depressa se transformaram num castanho escuro e o preto dos pelos de Tsume, também se transformaram num castanho misturado com branco por causa do giro. Ambos giraram no ar e chocaram contra o solo, mas não estavam totalmente preparados. O giro de Ayame enfraqueceu e fora possível visualizá-la a bater as costas no chão e deslizar por ele, junto com o corpo pequeno de Tsume.

- Mais uma vez, Tsume!

Com um salto, meteram-se os dois de forma quadrúpede e giraram os seus corpos novamente. Fora visto uma aura azulada a partir dos corpos deles e a deixar vestígios no ar, e depressa recuperaram o tom acastanhado misturado com branco da broca perfuradora. As suas diferentes brocas giraram sobre si mesmas e a voz de Ayame ouvira-se no ar.

- Vamos Tsume, Gatsuuga agora! Gire o seu corpo com mais violência, aumente a velocidade e o chakra, estenda os limites do furacão!

Um latido ouviu-se a seguir e as brocas castanhas começaram a ganhar uma cor mais clara, enquanto o comprimento era visivelmente aumentado. As brocas juntaram-se uma a outra no ar, completando o giro uma da outra e perfuraram o ar em direção a um punhado de árvores, destruindo-lhes o tronco e deitando-as ao chão. As brocas foram desfeitas em pleno ar, deixando-os a deslizar e Ayame não iria desperdiçar esse momento.

- Gatenga! Gire o seu corpo para a frente desta vez, e não de lado, e faça as mesmas coisas com o chakra e o giro! - comentou Ayame, no qual Tsume pareceu ficar confuso. - Ah, apenas pense que está tentando apanhar a sua cauda!

Desta feita, o cachorro compreendera. Os dois começaram a girar sobre si mesmos, criando umas espécies de lâmina com o dorso, dando-lhes uma aparência de uma serra enorme e outra mais pequena a cortar o ar. Embora não perfeito, o vôo em direção ao solo ainda lhes serviu para serrarem o tronco de duas árvores no caminho. Deram meia curva no ar, Ayame ditou-lhe mais algumas palavras sobre concentração e poder, e em menos de dois minutos já andavam os dois a serrar montes de troncos e a destruir a vegetação da floresta. Interromperam a serra perto do solo, ficando ambos agachados a ofegar de cansaço.

- Muito bem, conseguimos Tsu! - sorriu a garota, e o cachorro lambeu-lhe a cara. - Vamos, ainda não acabou tudo! Agora quero que você faça duas técnicas sozinho, e passaremos para as duas mais difíceis. - ditou-lhe, levantando-se novamente. - Oiça, isto vai parecer um pouco estranho, mas como você é um cachorro, você tem um olfato apurado como o meu, por isso é que esta técnica é tão importante. Você terá de er... Lançar sua urina... Naquela árvore ali. Treine a sua pontaria, girando o seu corpo no ar enquanto você er... Urina. Desculpe, mas a técnica é assim. Eu não tenho culpa! - começou a discussão entre o cão e a sua dona. - Bom, se você não tiver com vontade... Você terá de dar um jeito! Você quer que faça o quê sobre isso? Quê?! Eu não posso urinar, ao contrário de vocês cachorros, humanos usam roupas! Você tá perguntando o que tem isso demais?! Bom, eu demoraria a tirar a roupa no campo de batalha e seria mais constrangedor para mim do que para você! Cachorros podem andar nus, mas humanos não é assim... Agora você tá perguntando porque não é assim? Sei lá eu! É de senso comum! Bom mas... Isso não interessa! Pode treinar a pontaria certo?! Enquanto isso eu vou treinar aqui uma técnica envolvendo clones que, já agora, você vai fazer uma parecida, e então poderemos treinar uma espécie de... Er, técnica secreta. - inspirou fundo. Nunca imaginaria que Tsume poderia ser tão refilão.

Afastou-se alguns metros dele - dispensava levar com urina em cima enquanto treinava aquela técnica dos clones que iria servir para uma técnica de transformação combinada. Ouviu-o saltar uma vez e o som de algo líquido a embater contra algo que ela observou ser o solo. Não acertara nem um pouco na árvore que era o alvo dele, mas o rosto dele dissera a Ayame que ele não iria descansar enquanto não acertasse na árvore - talvez ele não quisesse desapontar a dona -, mas para Ayame, ele nunca a iria desapontar. Sorriu, vendo-o lançar-se ao ar e a lançar a urina - desta vez acertara em arbustos. Cruzou os braços em frente ao peito e observou-o alguns segundos.

- "Me pergunto quanto de urina aquele cão consegue largar... E depois ainda estava refilando de não ter vontade..." - pôs uma cara estranha. - Hahah... Pois.

Virou costas e a sua cara mais brincalhona desapareceu por completo. Procurou na mente o que lera sobre o Tajuu Kage Bunshin no Jutsu e procurou começar a treinar para o efetuar. Uniu as mãos no selo de mão que caraterizava aquela técnica e que a sua mãe deixou bem explícito. Fechou os olhos concentrando-se. Fez o seu chakra fervilhar no interior do seu corpo e imaginou-se a dividir esse mesmo chakra com outro ser, criado a partir de si mesma. Deu-lhe a sua forma, imaginou um clone perfeito de si mesma tal e qual como fizera com o Bunshin no Jutsu, mas neste, ela daria chakra, a inteligência de agir como ela, de falar como ela, de fazer outras coisas para além de imitá-la. Sentiu o chakra a dividir-se para o outro ser que ela quereria criar, mas não lhe deu muito chakra, pois não era assim necessário, uma vez que o clone só seria usado para criar uma outra técnica.

Uma cortina de fumaça deu-se no local e viu-se uma pessoa idêntica a Ayame a aparecer. Olhou-lhe nos olhos e o clone sorriu. Olhou para o lado, viu uma árvore manchada com urina de cão e fez novamente uma cara estranha. Tinha de admitir; aquilo era a técnica mais estranha dentro da história dos Shinobis - possivelmente. Embora fosse útil. Tsume aproximou-se dela e ditou-lhe acerca do sucesso da técnica, ela apenas acenou com a cabeça, disse-lhe algo como ''bom trabalho'' e preparou-se para lhe explicar a técnica de clone que ele teria de aprender a fazer antes de passarem ao Konbi Henge.

- Oiça Tsume! A técnica seguinte é importante para a nossa combinação, está bem? Você irá se transformar num clone meu! Usará uma técnica semelhante ao Henge no Jutsu, mas dentro do nosso clã, para se transformar em mim. Compreende? - o cão latiu. - Muito bem, mostre-me do que você é feito! Depois faltarão mais duas técnicas e poderemos descansar! Vamos lá companheiro!

Cruzou os braços e encarou o seu companheiro lá em baixo. Ele afastou-se mais um pouco dela para a visualizar por completo e conseguir se transformar direito na sua dona. Concentrou-se, Ayame pôde ver o seu chakra fluir no seu pequeno corpo. A primeira transformação, Ayame pôde contempletar uma versão Chibi de si mesma e, apesar de Tsume pensar que ela iria ralhar com ele, ela pôs-se a rir e ele, achando piada, derrubou-a e pôs-se a lambe-la. A situação foi estranha, pois era uma versão de si em miniatura a lamber-lhe a bochecha. Ela pôs um rosto mais rigoroso para que Tsume não ficasse a brincar, e ele também prometera concentrar-se melhor. Vários conselhos foram dados, algumas palavras mais rigorosas soltas, mas ao fim de muitos minutos, o pequeno Tsume era agora a grande Ayame, e fazia aparentar ser apenas mais um dos clones feitos pela Kunoichi, dando um total de três Ayames naquele lugar.

- Muito bem Tsume, pode regressar à sua forma. - ouviu-se um ''puff'' e o cachorrinho pequeno e negro de olhos azuis-mar volvera a aparecer com um rosto cómico. - Vamos agora executar uma técnica Konbi Henge, por isso precisamos os dois estar concentrados, tá? E precisamos de estar ambos sincronizados... - volveu a sua cabeça para a sua clone que esperava ordens. - Afaste-se um pouco, você será necessário para a segunda fase do Konbi Henge, o Kongou Henge.

Acenando com a cabeça, o clone caminhou pela grama e abrigou-se debaixo de uma árvore. Ayame e Tsume ficaram lado a lado. A garota flexionara as pernas, enquanto executara um selo de mão e concentrara-se. Ambos - cachorro e dono - concentraram o seu chakra e procuraram juntá-los um ao outro. Ayame fora ditando coisas e Tsume ouvira, tentando igualar a sua dona, enquanto a dona tentava igualar o parceiro. Aquela transformação requereu bastante concentração, tempo e sincronização total, afinal, a verdadeira transformação, perfeita, num cão negro de olhos azuis e de duas cabeças, a babar-se constantemente com um rosto irritado, só se deu quase meia hora depois de várias tentativas falhadas.

A transformação fora travada à vontade de Ayame e Tsume, e os dois regressaram de uma enorme cortina de fumaça para as suas verdadeiras aparências. Agora já sabiam como era estar numa transformação daquela, já sabiam o sentimento, então, a transformação com mais um extra não era assim tão difícil. Ayame chamou o seu clone com um aceno de mãos e explicou a Tsume a seu clone o que iriam efetuar. Sincronizou o seu chakra com Tsume rapidamente e esperou a adaptação do clone e, juntamente com os dois, criara uma transformação monstruosa de um cachorro gigantesco de três cabeças - semelhante a um Cerberus. Moveu uma pata para cima e destruiu uma árvore erguendo uma das cabeças para a esquerda, enquanto outra fitava o solo e a outra fitava a direita.

- " Perfeito! Conseguimos! Ahahah... De repente tive uma ideia... Podíamos assustar o Ryuu-nii-chan com esta transformação... Ele não nos vai reconhecer então... Hahaha..." - ditou nos seus pensamentos, que apenas Tsume e seu clone poderiam escutar.

Nesse preciso momento, ela ouvira a voz de Ryuuzaki a aproximar-se dela. Aproveitou a deixa e não se deixou recuar para o perfeito susto ao irmão. As enormes patas embateram no solo à frente do garoto e as três cabeças baixaram-se, rugindo a toda a força, enquanto montes de baba era derramada no solo e uns olhos furibundos encaravam o pequeno Uchiha. As garras das patas rasgavam a terra e os enormes caninos trincavam-se entre si. Ela queria ver a reação dele.